Segunda onda da pandemia reativa cultura de solidariedade entre as famílias mais vulneráveis

No Brasil, os efeitos da pandemia podem ser devastadores para a população mais pobre. Sabemos que mais de 40% dos brasileiros estão inseridos na economia informal e, com isso, os efeitos do isolamento social e a suspensão das atividades econômicas impactam drasticamente milhares de vidas.

Nesse sentido, diversos movimentos sociais e entidades vêm atuando na arrecadação e distribuição de doações direcionadas para pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social. A mobilização tem ocorrido por meio do diálogo entre entidades, movimentos sociais, empresas e poder público.

É o caso da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo (UMM SP) que desde o início da pandemia, já entregou mais de 100 mil cestas básicas, tanto para famílias que participam de movimentos de moradia como para outras famílias, associações e comunidades.

Entre as doações, a iniciativa conta com mantimentos encaminhados pelo programa Cidade Solidária, da Prefeitura de São Paulo. No entanto, Evaniza Rodrigues, da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo, pontua que é preciso mais celeridade a programas públicos como este.

“O processo é muito lento e as cestas demoram demais para chegar enquanto o povo está com fome já. Para se ter uma ideia, só agora, em março, estão chegando as primeiras cestas do Cidade Solidária, mas as pessoas já passavam fome em janeiro, em fevereiro… a crise não começou agora”, reforça.

Para solucionar isto, os movimentos sociais têm se organizado de forma autônoma. “As pessoas não podem depender da sorte e não saber se dá para contar com doação da Prefeitura em um mês e no próximo, não. Por isso, criamos uma vaquinha virtual e seguimos na busca por doações de empresas e fundações”, complementa.

Como exemplo, a ponte realizada entre o Fundo Social de Solidariedade do Governo do Estado, que mediou a entrega de mais de 30 mil ovos de páscoa doados para a UMM por uma empresa de chocolates [Cacau Show]. Os ovos serão distribuídos para mais de 120 comunidades das cidades de São Paulo, Diadema, Suzano, Carapicuíba, Taboão, Osasco e Baixada Santista.

“Algumas pessoas podem achar que estes ovos não são itens essenciais. Mas todo tipo de doação, neste momento, é essencial. Estamos vivendo um momento tão difícil, com tantas mortes e tristezas, que é um alento entregar estes ovos de páscoa para nossas crianças, uma oportunidade de trazer um pouco mais de alegria e leveza para a vida destas famílias”, comenta Graça Xavier, da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo.

Vaquinha virtual

A UMM-SP também está arrecadando doações através do site: https://benfeitoria.com/periferia-enfrenta-a-pandemia-ano-2-nw2?ref=benfeitoria-pesquisa-projetos

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