EM DEFESA DA CDHU E DA POLÍTICA HABITACIONAL INCLUDENTE E COM AUTOGESTÃO

O governo ultraliberal e exterminador do presente e do futuro de João Doria mostra sua face mais cruel. Encaminhou para a Assembleia Legislativa o projeto de lei nº 529/2020, pelo qual pretende extinguir a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU) entre outros, institutos, fundações, autarquias e empresas públicas.
A medida é cruel, vergonhosa e absurda, considerando que estamos, em meio a pandemia da COVID-19, e o Bolsodoria aproveita o momento para seguir sua agenda de desmonte do Estado.
O fato é que, há muito tempo, os governos tucanos, vêm esvaziando o papel da CDHU, praticamente destruindo a esta importante Companhia de Habitação, que ao longo de seus mais de 50 anos, já construiu mais de 500 mil habitações no Estado de São Paulo e possui um corpo técnico de excelência.
Foi na CDHU que construímos o Programa Paulista de Mutirões e produzimos moradia por autogestão com qualidade e organização popular. Também participamos do Programa de Atuação em Cortiços, que atuou nos centros da capital e de Santos. Programas estes que foram abandonados pelos últimos governos tucanos ao mesmo tempo que foram esvaziando a Companhia.
Nos últimos anos, os governos tucanos criaram a Casa Paulista, que funciona com uma espécie fundo de repasse de para as construtoras, e para as parcerias público privadas, que possui pouca transparência e funciona como um braço do setor privado na área de habitação, que exclui os mais pobres mas serve muito bem aos interesses das construtoras.
A CDHU foi sendo deixada à mingua, agora Dória em meio à pandemia, privatiza de vez a política habitação quer extinguir a maior companhia estadual de habitação do Brasil.
Dória, assim como Bolsonaro, aproveita a pandemia para massacrar os mais pobres.
Por isso, a União dos Movimentos de Moradia diz não à extinção da CDHU, e defende a reconstrução da política de habitação popular no Estado de São Paulo.
Despejo Zero!

São Paulo, agosto de 2020

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