CERCA DE 200 FAMÍLIAS DA FAVELA DO TUBO, VIVEM EM ÁREA DE RISCO PRÓXIMO À REPRESA BILLINGS, EM EXTREMA SITUAÇÃO DE POBREZA, PRECARIEDADE E VIOLAÇÃO DO SEU DIREITO À MORADIA
Difícil de descrever a precária situação em que se encontram cerca de 200 famílias, que vivem literalmente dentro de um ramal de esgotos à céu aberto, que caem direto na represa Billings, na Zona Sul de São Paulo, no Bairro de Cidade Dutra, próximo ao SESC Interlagos, entre a Rua Nova Delhi e Nova Britânia, no município de São Paulo.
Crianças, mulheres e idosos, cerca de 800 pessoas, expostas a todo tipo de contaminação, moram literalmente dentro dos canais de esgoto, que descem de vários bairros vizinhos (Bairro Guaimbu, Jardim Edith, Jardim dos Bichinhos e Colonial), especialmente durante as enchentes e chuvas, em sentido à represa. Os Moradores da Favela estão sem qualquer apoio do poder público, e não há nenhuma presença de estado, seja municipal, estadual ou federal.
Em função desta causa desta precariedade muitos moradores estão doentes, com hepatite, tuberculose, leptospirose, doenças de pele.
As pessoas do local narram também, que já houve óbitos por causa desta situação. Há ainda, muita discriminação em relação às crianças nas escolas, Emefs, e creches do bairro, já que muitas destas crianças estão problemas de pele, escabioses, entre outros problemas.
Não há até este momento quaisquer informações ou perspectiva de atendimento habitacional, para estas pessoas, mesmo com as diversas idas e vindas da Associação local, que vem tentado sem sucesso, contatos com o poder publico.
Há famílias já vivem a mais de seis anos dentro dos canais de esgotos, em barracos de madeira super precários, muitos com risco de desabar a qualquer momento, dentro dos referidos canais. As pessoas declararam que quando chove, as águas são misturadas com todo tipo de sujeira que invadem e chegam acima dos telhados das suas casas.
É urgente que o poder público tome alguma precaução no sentido de solucionar este grave problema.
As famílias exigem que a Secretaria de Habitação, CDHU, ou o Ministério das Cidades, os cadastrem e os encaminhem para um Programa Habitacional definitivo. Os moradores reivindicam também, que, enquanto não se viabilizar o programa habitacional definitivo, que as famílias sejam encaminhadas para Programas de Locação ou de Apoio a Aluguel, pois não tem condições de alugarem moradias com recursos próprios. É necessária uma solução definitiva, para que não haja mais mortes, doenças ou pessoas em risco, por precariedade de Moradia na Favela do Tubo. Moradia Digna Já.
Para contatos e solidariedade, falar com Gonçalves, fone 66941997 e Claudia 99055793, Roberto na sede da Associação do Tubo, Rua Nova Britânia S/N – Jardim Edith – Zona Sul, Dito fone 38255725
Apoio
Associação de Moradores da Favela do Tubo
Instituto de Lutas Sociais e Ambientais
União dos Movimentos de Moradia
Central de Movimentos Populares
Olá, tudo bem? Me chamo Francisco, sou estudante de Arquitetura e Urbanismo.
Gostaria de saber se poderiam me responder algumas perguntas sobre a Favela do Tubo.
Estou fazendo um trabalho de faculdade, onde o tema é propor um Conjunto de Moradias em um terreno que fica na esquina da Av. Lourenço Cabreira e Av. Presidente João Goulart para as famílias que moram na Comunidade do Tubo nas áreas afetadas por córrego, com perigos de desabamento e com perigo de doenças.
Precisava saber um pouco da história da Comunidade, quando surgiu, como é a vida das famílias que vivem nela, questões de saúde, segurança, renda. Aí saber o que seria viável para incluir no conjunto de moradia, com intuito de ajudar as famílias, ou seja, entender o que os moradores gostariam que tivesse no conjunto habitacional, ex (espaços pra cultura, biblioteca, algo relacionado à educação, etc).
Já procurei na internet mas não tem muita informação sobre a Comunidade… Por favor, poderiam me ajudar?
Desde já agradeço.