MORADORES DA FAVELA DO MOINHO LUTAM PARA IMPEDIR DEMOLIÇÃO PELO GOVERNO TARCÍSIO

Por Benedito Roberto Barbosa, o Dito*

Lideranças da favela e de movimentos populares de moradia tentam negociar com representantes da CDHU o fim das demolições.

A Comissão de Direitos Humanos da OAB também ajuda nas negociações neste momento.

Agentes da CDHU chegaram pela manhã com um forte aparato policial, afirmando que vão demolir as casas, mas até o momento não romperam o cerco dos movimentos em frente à favela.

A 14ª Vara da Justiça Federal autorizou  a atuação da PM e as demolições, desde que se retirasse antes o entulho das casas que já foram demolidas.

Os advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP conversam com representantes da CDHU sobre a retirada do entulho, como determinou a justiça, sem a demolição de outras residências.

Os agentes disseram que aguardam orientação do governo do Estado e se houver ordem para derrubar, eles vão romper o cerco da vigília e entrar na favela.

Inicialmente o governo federal, que é o dono da área onde está a Favela do Moinho, havia impedido a demolição das casas até que todas as pessoas deixassem o local, mas o governo de Tarcísio de Freitas obteve a decisão judicial para as demolições.

As familias do Moinho afirmam que as demolições aumentam o risco de desabamento de outros imóveis, ainda ocupados e pedem o fim das demolições.

Segundo a Comissão de Moradores, ainda há 270 famíliias morando na favela, muitas das quais com idosos, crianças e portadores de necessidades especiais.

A resistência contra a criminalização e o despejo da Favela do Moinho continua.

*Benedito Roberto Barbosa, o Dito, é advogado da UMM (União dos Movimentos de Moradia), do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos e coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares) da capital paulista.

Categorias

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *