CEMOS e USP discutem parceria inovadora na área ambiental

Central Pró-Moradia Suzanense recebe visita da Escola Superior de Agricultura da USP para discutir futura parceria

A Central Pró-Moradia Suzanense (Cemos) recebeu ontem alunos e o professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP), de Piracicaba. A visita, que ocorreu no terreno em que serão construídas moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida na região do Jardim Santa Inês, contou com a participação dos coordenadores e advogado da entidade e a Prefeitura suzanense.
A entidade, por meio de mutirões com as 80 famílias que terão suas casas construídas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, plantaram aproximadamente 500 mudas de árvores nativas no próprio terreno. Essa iniciativa faz parte da exigência de contrapartida ambiental para a realização das obras.
De acordo com a coordenadora financeira e também técnica ambiental, Maria Aparecida de Mattos, mais mudas serão plantadas. “A Cetesb exigiu que conservássemos essa mata. Nós já plantamos cerca de 500 mudas. Temos mais 1.100 a serem plantadas”, disse.
O objetivo da visita é discutir uma futura parceria entre a Cemos e a USP. A ideia é viabilizar projetos de educação ambiental e de geração de renda por meio da produção e comercialização de produtos florestais, como mudas de árvores nativas da Mata Atlântica.
Para o coordenador geral, Antonio Brás, mais que um projeto de educação ambiental, a parceria profissionalizaria os moradores que ali viverão. “Além da preservação, nosso objetivo é capacitar os moradores de modo que eles consigam tirar seu próprio sustento”. Maria complementa, alertando que há outras três entidades de mesmo caráter que a Cemos e que o projeto tornaria possível o compartilhamento de conhecimento entre elas.
Questionado sobre o terreno, o professor de Silvicultura de Espécies Nativas, Pedro Henrique Bracalion, disse que é uma área interessante. “Nós conversaremos ainda a respeito, mas a proposta que está sendo feita de adequação ambiental dessas áreas de habitação é bem inovadora. Acho que é uma oportunidade única de aliarmos o desenvolvimento urbano com a sustentabilidade ambiental”.
Para ele, a recuperação de florestas é uma área que ainda demanda mão de obra capacitada. “A ideia é que a USP de Piracicaba, capacite os moradores da associação para que eles possam não só resolver os problemas ambientais, mas que também possam vender serviços, mudas e sementes e que por fim isso gere trabalho e renda para eles”, concluiu.

 

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