O 12o. Encontro Estadual da União dos Movimentos de Moradia vai acontecer de 18 a 20 de março de 2011, na cidade de Sertãozinho, com a participação de 500 pessoas, representantes dos movimentos de moradia filiados à UMM e entidades convidadas (assessorias técnicas, ONG´s, parlamentares e outros parceiros). A realização do Encontro está a cargo da Coordenação Executiva com a colaboração da coordenação ampliada.
O Encontro é um momento onde realizamos reflexão coletivamente com tod@s as lideranças da UMM para avaliação do rumo percorrido e construção das Prioridades e linhas de ação para a nossa atuação. O Encontro terá como tema os “DIREITO À CIDADE: CRESCIMENTO ECONÔMICO x INCLUSÃO SOCIAL” e como subtemas a exclusão social e territorial relacionada ao crescimento econômico, a relação entre os desastres chamados naturais e a gestão da ocupação do solo urbano e as remoções geradas pelos grandes projetos.
Veja aqui a Programação do Encontro
O Encontro foi discutido nas plenárias da UMM, que delineou os seus principais eixos e será precedido de plenárias regionais e/ou municipais que debaterão o temário central e elegerão os delegados e delegadas de cada entidade.
O Estado de São Paulo possui segundo censo realizado pelo IBGE em 2010, 41.252.160, de pessoas, sendo que a maioria absoluta desta população está inserida na malha urbana. Vivemos hoje um contexto nacional e no Estado de crescimento econômico que transforma as Cidades, mudando o cotidiano das pessoas.
Devido à característica do Estado, a UMM-SP se coloca um desafio de debater como tema do seu encontro, DIREITO À CIDADE CRESCIMENTO ECONÔMICO x INCLUSÃO SOCIAL. Queremos debater aspectos da exclusão social e territorial relacionada ao crescimento econômico, à relação entre os desastres chamados naturais e a gestão da ocupação do solo urbano e as remoções geradas pelos grandes projetos.
A exclusão social esta presente em todas as regiões do Estado, desde as Regiões Metropolitanas (São Paulo, Baixada Santista, Campinas) e nas Regiões Pólo, onde a população rural também apresenta déficit habitacional e um grande contingente de pessoas que se apresenta para trabalharem na produção do agronegócio transformando as cidades próximas a estas produções num inchaço de aglomeração de trabalhadores, sem inclusão social.
A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) possui um orçamento anual que equivale a 1% do ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços), cerca de 800.000.000,00 por ano. Este recurso na avaliação do movimento é muito mal aplicado, devido às mazelas nas manipulações do orçamento da CDHU.
A UMM SÃO PAULO, sempre buscou desafios na sua estratégia política, por ser um movimento de base e que sempre pautou a participação popular nas suas instancias, este tema do Desenvolvimento Econômico, Sem Exclusão Social remete uma reflexão do Desenvolvimento para Todos, e a luta pela Moradia é uma questão social.
A partir deste contexto, é preciso incidir com mais qualidade e mais força junto aos governos, garantindo políticas públicas com participação popular e a inclusão social. Nesse sentido, o Encontro é o espaço de construção coletiva e democrática da UMM, onde todos os movimentos participam das decisões e da agenda que será implementada. É também momento de interação, de contatos interpessoais e fortalecimento dos laços que unificam a luta.
Cada Encontro é realizado em uma região diferente do Estado (o 5o Encontro em 2001 foi realizado em Sorocaba, o 6o, em 2002, em Praia Grande, o 7o, em 2003, em Sorocaba e o 8o, em 2004 em Santo André e o 9º. em 2005, em Suzano e o 10º. em Campinas, em 2009, o 11º em São Paulo). O encontro da UMM SP será realizado na Cidade de Sertãozinho, localizada na Região Pólo de Ribeirão Preto onde aproximadamente 1.000.000 de pessoas residem nas cidades desta região.
Nesse sentido, entendemos que é necessário que o movimento popular tenha uma estratégia de trabalho e uma luta local para que tenha incidência nesses novos programas criados, bem como que tomem a iniciativa quando da inércia do poder local. Além disso, é preciso fortalecer a luta contra os despejos e por autogestão.
Salientamos ainda que a Região de Ribeirão Preto seja uma das principais fomentadores da monocultura da cana de açúcar e durante todo o ano se propaga um desequilíbrio grande com propaganda enganosa do fácil emprego e de beneficies que nunca chega aos trabalhadores, sendo que milhares de homens e mulheres ficam espalhados pela região em alojamentos precários e na maioria das vezes em praças públicas na região. A justificativa do tema do encontro se encaixa completamente.
Para mais informações, entre em contato com a secretaria da UMM:
11 3667-2309 ou ummsp@uol.com.br
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