História

 

A UMM foi fundada em 1987 com o objetivo de articular e mobilizar os movimentos de moradia, lutar pelo direito à moradia, por reforma urbana e autogestão e assim resgatar a esperança do povo rumo a uma sociedade sem exclusão social. É uma articulação de movimentos que atuam na área de favelas, cortiços, sem-teto, mutirões ocupações e loteamentos.

Sua atuação iniciou-se pela capital e Região Metropolitana e hoje atinge a outras regiões do estado. Sua forma de organização tem uma forte influência da metodologia das Comunidades Eclesiais de Base, de onde se originam grande parte de suas lideranças. Trabalha-se com grupos de base local, que se articulam regionalmente ou em nível municipal e se fazem representar nas instâncias estadual e nacional do movimento.

Sempre defendendo a proposta autogestionária, o direito à moradia e à cidade e a participação popular nas políticas públicas, a UMM organiza-se em torno desses princípios comuns que se traduzem em reivindicações, lutas concretas e propostas dirigidas ao poder público nas três esferas de governo. Nesse sentido, tem enfrentado as diferentes gestões, ao longo desse tempo, buscando a negociação e a ação propositiva, sem deixar de lado as ferramentas de luta e pressão do movimento popular.

Desse trabalho, resulta a conquista de cerca de 30 mil moradias construídas em mutirão ao longo dessa caminhada, diversas favelas urbanizadas e prédios reciclados para fins habitacionais. Além disso, têm influenciado na construção de programas e legislação habitacional, como atualmente o faz no Plano Diretor que foi aprovado na Câmara Municipal de São Paulo. A UMM participa do Conselho Municipal de Habitação das cidades de São Paulo e Diadema.

Em seu 10º Encontro Estadual, realizado de 15 a 17 de maio de 2007, em Campinas, a UMM definiu sua pauta de lutas:

-em defesa da Criação do Conselho e Fundo Estadual de Moradia Popular e de conselhos fundos municipais garantindo a integração do Sistema Nacional de Habitação;
-em defesa da propriedade coletiva da terra e pela função social da propriedade;
-em defesa do repasse direto dos recursos para as Associações, Movimentos e Cooperativas e dos mutirões com autogestão em todos os níveis;
-em defesa das tarifas públicas sociais de água e energia elétrica, para as famílias de baixa renda;
-em defesa da implementação da lei 10.535/00 (Lei Estadual da compra da Terra) e de uma política fundiária;
-em defesa da superintendência de habitação popular na Caixa;
-pelo fim das exigências da Caixa para as famílias de baixa renda (SPC, Serasa);
-por programas de urbanização de favelas e por projetos habitacionais para as áreas centrais das cidades.
-para fortalecer e ampliar a nossa articulação com a Defensoria Pública e as Comissões de Direitos Humanos contra as violações do direito à moradia;
-em defesa da política habitacional voltada para os idosos, nos três níveis de governo. (Que o Estatuto do Idoso seja respeitado e cumprido);
-em defesa das políticas públicas para juventude garantindo espaços para projetos culturais, educacionais e de geração de renda;
-em defesa de uma política habitacional dirigida ás mulheres chefes de família, com garantia de cotas específicas para as mulheres vítimas de violências.

A UMM tem sido fundamental para a articulação da União Nacional por Moradia Popular, dando apoio logístico e construindo uma articulação que hoje atinge 20 Estados brasileiros. Na sua pauta, a implementação do novo Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, a defesa da autogestão e a luta pelo direito à moradia e à cidade.

A UMM participou das três edições da Conferência Nacional, Estadual e Municipais das Cidades, onde, articulada junto ás demais entidades do campo popular, fez aprovar diversas propostas na política de desenvolvimento urbano e participa do Conselho Nacional das Cidades e do Conselho Gestor do Fundo Nacional de Moradia Popular.